Finalmente chegou o grande dia hehehe
Nos dias 2 e 3 de dezembro apresentei meu TCC a banca.
Foi fantástico! Houve muita troca, risos, nervosismo, companheirismo, cansaço e realização.
Segue o texto do meu banner de apresentação e algumas fotos do evento.
TEMA
Escola Inclusão e Tecnologias Assistivas.
TIPO DE TRABALHO
Revisão de literatura e relato de experiência.
RESUMO
Este trabalho, inicialmente, apresenta um breve histórico de como a sociedade interviu através dos tempos no tratamento com as pessoas com deficiência, explicando assim a produção de preconceitos. Traz também os avanços que novos pensamentos, leis, convenções e diretrizes trouxeram para que fosse respeitado o direito a inclusão social e educacional.
A seguir, a revisão de literatura é realizada para maiores esclarecimentos acerca do que vem a ser Tecnologias Assistivas e da sua importância na vida das pessoas com deficiência, tanto no direito a acessibilidade, como também nas oportunidades de aquisição do conhecimento. Por fim, é apresentado três experiências, em duas escolas públicas estaduais, de como o uso das TAs colaboram na aprendizagem e autonomia das pessoas com deficiência, síndromes e dificuldade de aprendizagem.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi elaborado com o objetivo de divulgar experiências educacionais que utilizam Tecnologias Assistivas (TA’s) para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência. Este documento não tem a pretensão de abranger todas as questões em Tecnologias Assistivas e a Educação Inclusiva, mas deseja apontar possibilidades de se fazer educação de qualidade incluindo e interagindo com as diversidades. Sendo assim, são apresentados três projetos, partindo da premissa de que é possível ensinar para que todos aprendam, respeitando o ritmo de cada um.
Inicialmente é apresentado um pequeno histórico de como a sociedade comportou-se através dos tempos diante da pessoa com deficiência, para se entender como foi produzido o preconceito às diferenças e os avanços que se vem atingindo na atualidade. Constam também leis, convenções e diretrizes que asseguram as pessoas com deficiência o direito a produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que permitem sua autonomia, independência, bem-estar, inclusão social e educação especializada.
As práticas aqui relatadas utilizam recursos e serviços de forma a tornar os alunos com deficiência, síndromes ou dificuldade de aprendizagem autônomos e capazes de resolver suas dificuldades. São três projetos desenvolvidos em duas escolas públicas estadual de Florianópolis que abrangem toda a comunidade escolar e demonstram que é possível um fazer pedagógico diferenciado quando se entende que educação é um direito de todos. O Colégio Instituto Estadual de Educação desenvolve o Projeto PROADA (Programa de Atendimento em Dificuldade de Aprendizagem) e a Escola de Educação Básica Lauro Müller tem o Projeto Meninas e Meninos Bilíngues: o caminho para a inclusão, SAEDE/DA (Serviço de Atendimento Educacional Especializado em Dificuldade Auditiva) e Sala de Recurso.
DESENVOLVIMENTO
A deficiência (exclusão e inclusão) – um breve histórico
Segundo Gugel (2008) na era primitiva, as pessoas com deficiência não sobreviviam, devido ao ambiente desfavorável. Já no Egito Antigo, as múmias e os túmulos nos mostram que a pessoa com deficiência interagia com toda sociedade. Na Grécia, as deficiências eram tratadas pelo termo “disformes” e devido à necessidade de se manter um exército forte os gregos eliminavam as pessoas com deficiências. Rocha (2008) aponta que na Idade Média a ignorância enxergava a pessoa com deficiência como um castigo de Deus e os supersticiosos viam como instrumentos para uso de feiticeiros e bruxos. Na Idade Moderna as ideias foram se renovando com o surgimento das próteses, cadeiras de rodas, línguas de sinais, entres outros. Porém na Segunda Guerra Mundial, as pessoas com deficiência, que não foram assassinadas, tiveram que ser submetidas à esterilização em nome de se construir uma raça pura. A sociedade Mundial diante deste histórico teve que mais uma vez se reorganizar para superar os problemas e cria então a Organização das Nações Unidas – ONU, onde nasce a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Preocupada também com a deficiência, a sociedade estabelece direitos surgidos na Declaração de Salamanca, na Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiências, no Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), nas Diretrizes Curriculares para a Educação Especial, entre outros.
Projetos Escolas Inclusivas
Projeto Meninas e Meninos Bilíngues: o caminho para a inclusão – através da produção de cinema, todos os alunos da escola (ouvintes e surdos), interagem. Os ouvintes aprendem a Língua de Sinais e os surdos assistem os filmes também em LIBRAS. Todos os envolvidos no projeto se transformam em autores, atores, roteiristas e produtores. O acesso a tecnologia (filmadora, computador, programas de edição, entre outros) faz parte tranquila da rotina.
PROADA e SAEDE/DA – Ambos projetos trabalham com alunos com deficiência, síndromes ou dificuldade de aprendizagem. Os projetos tem como objetivo oferecer apoio pedagógico aos estudantes através de jogos no computador, jogos educativos como dominó de imagens e nomes, adivinhas, cruzadas com imagem, caça palavras, palavras cruzadas, quebra cabeça com letras, tangram, ábacos, material dourado, entre outros. O atendimento personalizado resulta numa melhor compreensão dos conteúdos e desperta no aluno maior segurança, elevando sua autoestima.
CONCLUSÕES
A história da humanidade disseminou preconceitos que ainda persistem na atualidade. No entanto, a sociedade vem compreendendo que todos são capazes de produzirem, mesmo com limitações. Diante desta realidade, a atenção para as pessoas com deficiência tem gerado grandes mudanças. As tecnologias assistivas são importantíssimas para a concretização de uma prática pedagógica voltada, não só para a inclusão, mas principalmente para consolidar a aprendizagem.