31 março 2011

E quando nossos políticos são racistas?


Passeando hoje pela internet encontrei um babado fortíssimo ocorrido com Preta Gil e o deputado federal Jair   Bolsonaro. Num programa de TV, Preta Gil pergunta ao deputado:

"Como o deputado reagiria caso algum filho seu se apaixonasse por uma negra?"

E o tal representante do povo (lamentável) responde:

“Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu."

Vê se merecemos uma declaração dessas. Além de racista, o senhor deputado tem preconceito também com homossexuais. E nós, do povo, nos iludimos com palavras doces de campanha e colocamos esse tipo de gente no poder. Não conhecia este político, mas já entrou para a minha lista suja. Está na hora de percebemos quem é quem na política de nosso país. Dar um basta nessa vergonha que virou o nosso país.

Sabia na integra o que aconteceu clicando aqui


29 março 2011

Olhares

E hoje eu reencontrei um olhar que fez (e faz) tão bem ao meu coração: ontem, hoje e amanhã.
Hoje eu senti a poesia em minha alma.
Sou mais que feliz, sou a alegria infinita.
E a você que me deu este olhar, meu mágico poema.
(Uma homenagem a alguém que vai morar para sempre em mim.)

26 março 2011

Destino


Sempre acreditei que destino já está escrito, mas isso não significa que não seja eu que escreva o meu. As escolhas são minhas, somente minhas e portanto quem responde ao meu destino sou eu. Vou a luta, choro, estudo, vibro, repenso, desisto, porém sou eu que decido cada passo. Meu destino é o caminho que escolhi. Se o mundo me diz não, insisto até poder conquistar meu sonho. Ah, os sonhos, muitos conquistados, outros abandonados por conta dos novos e alguns ainda adormecidos. Aceitar com humildade meu destino não significa esperar que aconteça ou esperar pelo outro em minha vida. Aceitar humildemente meu destino é o mesmo que "saber esperar a hora" e nunca o "esperar acontecer".
Meu destino cruza-se sempre com outras vidas e cala-se diante do respeito a escolha do outro.  Só não consigo nunca é calar-me diante da injustiça ao meu próximo e a mim. Neste momento meu destino é de gritar ao mundo, mesmo que solitária, que todos somos iguais em direitos embora de essências diferentes.

23 março 2011

Injúria

Diz a sabedoria popular: "CRIANÇA NÃO MENTE!"
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MITO...
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Criança mente sim e faz um grande estrago em sua vida.
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Você pode até estar estranhando minha fala, afinal trabalho com crianças e sou uma pedagoga apaixonada. E lá se vão 23 anos de magistério e meu pimeiro ano de direção. Mas ontem aconteceu algo comigo que jamais poderia imaginar. Fui acusada de perseguir e maltratar um garotinho de seis anos.
Como começou?
Início do ano uma das professoras tirou licença médica e como não admito mandar criança para casa em horário que deveria estar na escola, assumi a turma. Uma avó teve um enfrentamento comigo porque não aceitava pais e responsáveis na porta da sala de aula. Essa mesma avó certo dia invadiu a sala de aula e arrancou um outro aluninho para tirar satisfação porque havia batido no neto. Imaginem a situação quando fui em defesa da criança.
O que se criou?
A professora voltou e a tal avó vem me acusando por tudo que acontece de ruim ao neto. Na verdade criou-se uma situação complicada pois o menino fantasia situações e a avó vem cobrar coisas absurdas.
E qual foi a mentira?
Ontem a avó chegou na escola e pediu para falar com o outro diretor e a professora. Cheia de razão disse que venho maltratando seu neto nos momentos que não há testemunhas e cheguei ao cumulo de insinuar que o menino tem AIDS e o chamo de cachorro. Caso eu venha a fazer novamente isso com o garoto irá me pegar na rua. 
Assim que me passaram os fatos, fui conversar com a criança. Ela simplesmente confirmou tudo e ao dizer que estava mentindo  falou: "Está vendo como você me persegue? Está me chamando de mentiroso. Agora tenho testemunha: minha professora e o outro diretor." Ficamos os três chocados com a fala do menino. Diante da raiva que essa senhora tem de mim, vem usando seu neto para me atingir. Uma criança de seis anos falando em perseguição e testemunha? Uma criança de seis anos mentindo?
Não contei tempo e fui a delegacia. No boletim de ocorrência relatei os fatos e acabei por ouvir: "É inacreditável um menino fazer isso. Só há duas alternativas: ou está fantasiando ou sendo induzido." Sou pela segunda opção.
Entrei com pedido de ação criminal por injúria. Nunca em minha vida profissional fui acusada de maus tratados. Já fui questionada sobre minha didática pedagógica, pois trabalho com projetos e os pais ainda acreditam mais no modelo tradicional, mas por ser má com minhas crianças, NUNCA!
E quando cheguei da delegacia?
Telefonei para mãe do garoto. Não era mais possível essa avó estar toda manhã na escola me acusando, fazendo terrorismo somente porque a enfrentei nos primeiros dias de aula. O mais agravante é o de usar o neto para me atingir. A mãe do menino se jogou para a escola extremamente assustada com tudo e alegou não saber de nada. Pediu que chamassemos o filho e diante do outro diretor, da professora e de mim, a mãe questionou a criança e descobriu que ele estava mentindo. Envergonhada constatou que seu filho estava sendo induzido pela avó e senti pena ao vê-la pedir desculpas pelos transtornos. Prometeu que jamais aconteceria novamente e que eu ficasse tranquila que a sua mãe não me incomodaria mais.
Decisão: a ação criminal continua. Não vou tirar a queixa. Basta de tratarem os professores como se fossem bandidos. Nunca na história da educação vi momento tão triste e desrespeitoso a nossa profissão. Somos acusados de falas não existentes, apanhamos e morremos. Até quando essa violência vai continuar?


18 março 2011

Parabéns meu anjo Paulo

Hoje todas as homenagens ao meu anjo Paulo que há 19 anos vem alegrando minha vida. Sem ele meu mundo não seria tão colorido. Meu anjo, meu amigo, minha paz interior, meu amor eterno, muito obrigada pelo carinho e amor que demonstras todos os dias por mim.
Mamãe te ama muito!!!!!!!

SÓ EU SEI A ALEGRIA DE TER VOCÊ AQUI COMIGO.


16 março 2011

Guarda Fila

Hoje estive na prefeitura pegando minha nota avulsa para apresentar na entidade que presto serviço de pedagogia aos sábados. A fila na prefeitura é imeeeeensa...aff e já houve dias de ficar por lá por mais de duas horas. Mas tudo mudou no reino de Floripa hehehehe e para melhorar a vida dos pobres plebeus......ebaaaaaaaaaa.

Como acontece? É simples! Você pega sua senha, vai no portal Guarda Fila (esse aí no lado), verifica a média de tempo que vai levar para ser atendido e decide se espera ou cadastra seu celular e senha para ser avisado quando tem que voltar para ser atendido. Quando faltar 5 senhas antes ou 15 minutos, o sistema liga para seu celular e comunica que está perto do seu atendimento. Fantástico e dá certo. Eu uso o Guarda Fila.

Enquanto o sistema guarda minha posição na fila, vou resolvendo outras coisas pela cidade. Pago contas, passeio ou até faço compras hehehe. É tudo muito tranquilo e sem estresse; o que é melhor, não é?

Além da prefeitura, o detran daqui também utiliza está facilidade. Eita cidade porreta hehehehe.

Quer saber mais, clique no site abaixo:



11 março 2011

Fazer o bem

Mas o que é fazer o bem?
Escuto tanto por aí: "eu sou do bem", "só pratico o bem".... E fico a me perguntar: "Bem a quem?"
Quando organizo meu guarda roupas, encho 'sacoladas' de roupas e envio a uma instituição filantrópica estou fazendo bem as pessoas que receberão vestimentas já usadas ou a mim que me livrei do que não mais me servia?
Fazer o bem seria ser voluntário? Ah, mas quem ganharia mais, a criança que o recebe no orfanato com um largo sorriso, ou o velho que ansioso lhe espera para contar suas histórias? Se seu coração enche-se de alegria, quem está fazendo bem a quem?
Avistou um cego querendo atravessar a rua? Você não está fazendo sua boa ação do dia o ajudando, é sua obrigação enquanto ser humano ajudar a quem precisa. Quem tem atos como esses tem o coração leve, caminha na luz. Então quem fez bem a quem?
Devolver bolsas perdidas de dinheiro na rua, não é fazer o bem. É honestidade!
Enviar mantimentos e vestuários aos desabrigados, é solidariedade.
Respeitar diferenças em seu trabalho é ética.
Praticar uma religião é fé.
O bem vem vestido de tudo que nos traz paz ao coração: voluntariado, solidariedade, amizade, companheirismo, honestidade, ética, comprometimento, verdade, amor.
 Fazer o bem é simplesmente fazer o que é certo, mas não nos livrando do que não mais nos cabe ou realizando as tais pequenas boas ações. É sim doar-se de coração. Fazer o bem ao outro, nada mais é do que fazer o bem a você.


07 março 2011

Eu tenho um amigo homossexual?

ESSA POSTAGEM TAMBÉM VAI POLEMIZAR, MAS O QUE PENSO, PENSO. SE VOCÊ NÃO CONCORDAR GRITA AÍ NOS COMENTÁRIOS QUE EU INTERAJO. O QUE NÃO POSSO, NUNCA, É ME CALAR DIANTE DO PRECONCEITO...
RECADO DADO...AGORA SINTA-SE A VONTADE, PUXE A CADEIRA E LEIA...

PQP...que tormenta dentro de mim quando alguém diz "até aceito, mas ver beijar, assim na rua?
Tenho um amigo homossexual, mas que nunca se atreva me cantar."
Pois é, ouvi isso hoje - me arrumando para ir na Feijoada do Tio Pança - uhuuuuuuuuuuu - e rodei a baiana, daquelas bem braba. Tudo por conta do desfile POP GAY que tem aqui em Floripa. Nosso melhor evento de carnaval, diga-se de passagem.
Resposta a esse idiota que fez esse infeliz comentário:
"Eu não tenho amigos homossexuais."
E ele admirado me perguntou:
"Não tem?"
E euzinha no palanque - porque subo no salto num momento desses (hehehe):
"Sim, não tenho amigos homossexuais, heterossexuais, negros, gordos, pobres...
Eu tenho apenas amigos.
Amigos que me dão alegria e colo. Amigos que não me vêem gorda, apenas amiga.
Tenho amigos que choram comigo, que vibram com minhas vitórias.
Tenho amigos que beijam muito, que sabem o que é amar.
Tenho amigos, apenas amigos.
O único que não consigo jamais chamar de amigo é aquele que vê preconceito no amor."
O ignorante ainda vira e me diz:
"Ah sim que tu pensas dessa forma."
E num último suspiro falei:
"Não precisa acreditar em mim, afinal não és meu amigo. Assim sendo, o que pensas de mim pouco me importa. Passar bem!"
E fui em direção ao carro...hoje de caravana por conta da feijoada. Essa feijoada acontece toda segunda-feira de carnaval com um grupo fechado de 250 pessoas. São cinco amigas que convidam seus amigos e uma delas trabalha na escola. Isso quer dizer que vai alguns muitos de lá hehehe. 
Esse senhor que se diz educador tem outras pérolas também que é de matar. A diretora geral cobrou dele a limpeza de nosso banheiro na escola, afinal ele que administra a equipe de serventes. Olha a resposta dele: "Eles limpam, mas esse ano chegou um povinho do oeste que é muito porco, aí fica difícil." Aff, ganhou uma bronca hehehehe. Outra que também doeu foi quando estávamos preocupados com um aluno que cometeu um ato indisciplinar e o "sem noção" alegou que o garoto veio de uma escola do morro. O rapaz veio de um dos colégios particulares mais conhecidos da região; pode?
Enquanto tivermos na educação pessoas assim preconceituosas, formaremos crianças preconceituosas. Por conta da minha obesidade vivi preconceitos horríveis na escola e que me marcaram por toda a vida. Talvez seja esse o motivo que me faz educar meus alunos para a inclusão e a paz. 
E quando encontro pessoas como essa pelo caminho sou obrigada a gritar em voz mansa a minha indignação e dizer-lhe que o esquisito em nossa sociedade é pessoas que pensam como ele. Hehehe.estou criando um inimigo no meu trabalho, mas defendendo meus amigos. Isso que conta né?

GENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEE.........A FESTA DO TIO PANÇA FOI FANTÁSTICA hehehe

 



05 março 2011

Carnaval, Religião, Profissão e ÉTICA!

Crianças, fantasias, confetes e marchinhas foram
 o ponto alto de nossa festa.
Veja que graça essa fantasia.
Acredito que esta postagem vá dar alguns estranhamentos dos meus amigos que aqui visitam, mas não tem como não escrever sobre, mesmo porque não seria eu se não fizesse uma reflexão acerca do assunto. Diz também a sabedoria popular que religião e futebol não se deve discutir, no entanto minha voz não consegue se calar.
Ontem (sexta-feira) vivi na escola em que trabalho algo muito diferente e desagradável. Há oito dias estamos tentando arrecadar fundos para pagar as agendas escolares de nossos alunos, pois grande parte é carente. Decidimos então fazer um baile de carnaval infantil.  Felizmente o evento foi sucesso e conseguimos todo o dinheiro. E agradeço imensamente aos pais e professores que colaboraram.
Nosso carnaval foi regado de refrigerante, cachorro-quente, pipoca, paçoquinha, sacolé e marchinhas antigas de carnaval. As crianças estavam lindas, animadas e foi tudo na paz. O baile fez lembrar os carnavais dos velhos tempos, da inocência, da amizade, da paz. Além de angarear fundos, ainda mostramos as crianças e pais que  é possível festejar, brincar, confraternizar sem alcool, sexo e tragédias que muitas vezes trazem o carnaval.
Chamo isso de EDUCAR para saber conviver em sociedade e cultivar a paz necessária para nosso planeta evoluir.
Convocamos todos os profissionais da escola para trabalhar no evento, já que era atividade escolar. Dividimos os professores em dois grupos. Um foi pela manhã organizar e realizar o Torneio de Volei e Futebol para os alunos de sexta série em diante e o outro estariam a tarde para o carnaval. Ninguém faltou, porém três professores negaram-se a estar presente na festa porque a religião não permite estarem em festa "insanas". Ficamos desfalcados em três profissionais num grupo de dez. Imaginem a correria que foi.
Até entendo crenças, respeito as religiões, mas não compreendo pessoas que não são profissionais. Quando esses três professores escolheram o magistério estavam conscientes que escola trabalha com datas comemorativas (ou tem escola que não trabalha?) e que é preciso ser profissional neste momento. Não me passa pela cabeça que alguém possa denominar uma festa de resgate aos antigos bailes e arrecadação de fundos para nossas crianças carentes de "insana".
Ficaram os três sentados a tarde toda na sala dos professores. Papeando, rindo, contando lorotas enquanto nos entregavamos de corpo e alma. O que me deixa indignada é que as ações dessas pessoas é um tanto duvidosa e desconfio dessa fé assim tão radical. Uma dessas professoras já se negou a cantar o parabéns, isso no ano passado, para sua aluninha de segundo ano, mas depois foi comer o bolo. Dá para entender essa lógica?
Há anos atrás, minha mãe foi casada com um senhor que tinha filho e nora dessa mesma religião. Minha mãe toda atarefada organizando a festa de natal (diga-se de passagem que a festa de minha mãe é fantástica; é a própria casa de papai noel) quando foi comunicada que o enteado não iria a tal bobagem, mas que poderiam guardar os presentes deles que iriam buscar no outro dia. Minha mãe ficou muito chateada. Não por eles não irem, mas por conta do guardar os presentes. É claro que mami não comprou nadica para eles hehehehe.
Como entender religião se não pode ir a festa, mas pode depois receber a parte boa? É como nossa festa de carnaval. Eles não puderam trabalhar (e nem pedimos para dançar, era só ficar nas barraquinhas), mas comeram cachorro-quente e tomaram refrigerante. EU MEREÇO!!!!!